sexta-feira, 22 de abril de 2011

Espaço Cinéfilo (1)

Amigo cinéfilo (ou amante da psiquiatria com aspirações cinéfilas)

Farto de ver filmes com planos assustadoramente dinâmicos de árvores em pleno movimento?
Farto de frequentar cinemas onde as pessoas te tratam por tu e invocam o saudosismo dos filmes de Fellini?
Farto de ser excluído por não saber de cor a filmografia completa do Lars von Trier?

Este blog tem a solução.

Hoje inauguramos uma nova rubrica - o ESPAÇO CINÉFILO: o sítio onde pode mandar o Lars von Trier às urtigas, sem problemas.




Para dar o pontapé de saída, vamos falar sobre Shutter Island (ou, em Português para Fotógrafos), a ilha dos  Obturadores.

Sinopse (Sapo Cinema):

1954, o pico da Guerra Fria, os agentes Teddy Daniels e Chuck Aule são convocados a "Shutter Island" para investigar o improvável desaparecimento de uma criminosa do impenetrável Ashecliffe Hospital. Rodeados por circunspectos psiquiatras e perigosos pacientes psicopatas, eles vêem-se envolvidos numa atmosfera misteriosa e volátil que sugere que nada é o que parece… Com um furacão a aproximar-se da ilha, a investigação progride rapidamente. No entanto, à medida que a tempestade aumenta de intensidade, as suspeitas e os mistérios multiplicam-se, cada um mais terrível e tenebroso que o anterior. Há indicações e rumores de conspirações sombrias, sórdidas experiências médicas, alas secretas, controlo mental e inclusive de algo sobrenatural. Movendo-se nas sombras do hospital, assombrado pelos terríveis actos dos seus instáveis habitantes e pelos desígnios desconhecidos dos igualmente suspeitos médicos, Teddy começa a sentir que, quanto mais fundo ele chega na investigação, mais perto está de se ver confrontado com alguns dos seus mais profundos e devastadores medos. E apercebe-se também que poderá não sair vivo daquela ilha...


Mini-crítica (Psiquiatra da Net)

Shutter Island não é um filme para meninos. O seu fim ainda hoje é discutido em vários fórums: parece haver três facções distintas - uma (que parece incluir o próprio realizador, Martin Scorcese), que acredita que o protagonista tinha esquizofrenia paranóide. Outra (que parece incluir os partidários da Cientologia) acredita que o cavalheiro não tinha problema nenhum, que o problema era da sociedade, que não o sabia aceitar. A outra, por último, acredita que o filme é uma treta, e que todo o enredo não é nada que o Sócrates não consiga fazer, nos seus dias menos produtivos. Acreditam ainda que o filme é, todo ele, uma metáfora para o FMI...
Em suma, se acha que não é para si, vá ver filmes da Disney .(excepto o Bambi e a Pocahontas)